Evolução e Mutação

Aspectos evolutivos e Genéticos.

Um aterro sanitário é um espaço destinado à deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana, são provenientes de residências, indústrias, hospitais, construções e consiste em camadas alternadas de lixo e terra que evita mau cheiro e a proliferação de animais.
Na maioria, os aterros sanitários são construídos em locais afastados das cidades em razão do mau cheiro e da possibilidade de contaminação do solo e das águas subterrâneas. Essa contaminação pode ocorrer por infiltração do chorume ou percolado, líquido contendo componentes tóxicos que flui do lixo para o solo e corpos d’água.
Aterro Laguna - Um norma básica para a construção de um aterro é que ele seja afastado das comunidades.

A Evolução se dá a partir do processo seletivo de adaptação e especialização das espécies no meio ambiente através da seleção natural, variabilidade genética, fluxo gênico, migrações, especiação, deriva genética e mutações. Então vamos analisar pelas teorias da evolução, quais seriam as possíveis evoluções no aterro sanitário.

Imagem meramente ilustrativa
Segundo Lamarck, que lançou teorias de como os seres vivos se manteriam vivos na “luta” pela sobrevivência, as espécies seriam submetidas a duas leis.
Lei dos caracteres adquiridos: A tendência dos seres para um melhoramento constante rumo à perfeição.
Lei do uso e desuso: Os indivíduos perdem as características de que não precisam e desenvolvem as que utilizam. O uso contínuo de um órgão ou parte do corpo faz com que este se desenvolva e seja apto para o correto funcionamento, e o desuso de um órgão ou parte do corpo faz com que este se atrofie e com o tempo perca totalmente sua função no corpo do indivíduo.
Então segundo Lamarck em um aterro sanitário, as espécies ali existentes teriam que se adaptar a essa variação, como cheiro e escassez de vegetação por exemplo, e assim ficar apta a outras funções, e atrofiaria funções que anteriormente eram usadas.

Lamarck.
Segundo Darwin, que conseguiu convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução, as espécies seriam submetidas a um processo denominado de seleção natural.
Seleção Natural: características favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma população de organismos que se reproduzem, e que características desfavoráveis que são hereditárias tornam-se menos comuns.
Então para Darwin, os indivíduos uns eram mais aptos do que os outros, e com variações algumas se sobressaíam às outras. O que aconteceria em um aterro sanitário é que espécies que teriam capacidades para viver nessa variação poderiam ter mais chances de sobrevivência e reprodução e as outras poderiam acabar morrendo. Como é o caso de organismos que estariam mais aptos a sobreviverem no local onde o produto final do Chorume, rico em matéria orgânica, é depositado. Então neste caso o ambiente seleciona os mais aptos, e esses sobrevivem.

Charles Darwin.

Imagem meramente ilustratrica. Contato de aves com o lixo depositado.
Variabilidade genética: a tendência dos diferentes alelos de um mesmo gene variar entre si, numa dada população. Faz com que a capacidade de uma população para se adaptar a um ambiente em mudança dependa da variabilidade genética, como essas áreas de lixões. Indivíduos com certos alelos ou combinações de alelos podem ter precisamente as características necessárias para sobreviverem e se reproduzirem sob novas condições.

Imagem meramente ilustrativa.
Fluxo Gênico / Migrações : transferência de genes de uma população para outra. Uma população pode resultar em importantes mudanças nas freqüências do número de indivíduos da população com uma característica particular. A imigração pode resultar na adição de material genético novo aos genes estabelecido de uma espécie em particular, enquanto a emigração pode resultar na remoção de material genético.
Com a imigração podem vim espécies com os lixos depositados ou vir espécies que se beneficiem com matéria em decomposição, acarretando em uma super população desses indivíduos. Também pode ocorrer a emigração, indivíduos que saem dessa área que não está mais propícia para eles, levando seus genes para outra área e ocorrendo também imigração nessa área adicionando seu material genético.


Especiação: A especiação se inicia quando uma subpopulação de uma espécie se isola geograficamente, altera o seu nicho ecológico ou altera o seu comportamento, de maneira que fique isolada reprodutivamente do restante da população daquela espécie. Esta subpopulação, ao se isolar, sofre mutações cumulativas com o passar do tempo, que alteram o seu genótipo e, consequentemente, a expressão fenotípica deste.
Alterando a área onde foi instalado um aterro sanitário vai alterar o nicho ecológico dessas espécies e delimitar áreas também, áreas que estão afetadas e áreas não afetadas do lado, havendo um isolamento reprodutivo. Podendo também haver especiação em um aterro sanitário ocorrendo uma evolução de alguma espécie.

Imagem meramente ilustrativa.

Mutações: A variação genética se origina de mutações aleatórias que ocorrem no genoma dos organismos. Mutações são mudanças na sequência dos nucleotídeos do genoma de uma célula, sendo causadas por radiação, vírus, e substâncias químicas mutagênicas, assim como erros que ocorrem durante a meiose ou replicação do DNA.
Essa mutação pode ser benéfica ou prejudicial. Fazendo com que ela se prolifere pela população ou acabe ali mesmo com a morte do ser. Com a Mutação podemos também originar outras espécies mais evoluídas.

Mendel foi o primeiro geneticista conhecido. Com os seus estudos comprovou que geneticamente os fatores e características passavam de pais para filhos, hereditariamente.
Esta explicação era a justificação necessária na teoria evolucionista de Darwin, para explicar a maneira como algumas características “evoluíam” e outras se extinguiam.
Todo o lixo que chega ao aterro passa por uma triagem onde separam os matériais para posteriormente serem recliclados, e este lixo é depositado em uma área aberta para fazer o manuseio. Porém, essa área exposta pode servir como alojamento para alguns animais e também contaminar o solo afetando espécies próximas de plantas.

Imagem meramente ilustrativa.

 Como vimos, no topo do aterro sempre fica uma parte exposta, que fornece contato direto com animais das redondezas.  Mesmo havendo a triagem, pode acontecer de passar algum tipo de lixo tóxico, hospitalar, entre outros.

Imagem meramente ilustrativa. Contato de animais com o lixo exposto na área de triagem

Imagem meramente ilustrativa.
Em conseqüência de uma provável separação inadequada pode haver exposição a substâncias tóxicas e provavelmente causará sérios danos a saúde.

 Estudos mostram que resíduos de pesticidas nos vegetais, mercúrio nos peixes e vários outros produtos químicos podem iniciar câncer, defeitos de nascença, mutações genéticas e até morte. No caso do Chorume por exemplo, depositado em lagos, se não for bem tratado, pode conter algumas dessas substâncias, e essas contaminarem as populações que vivem nesses lugares.
Preliminarmente, os resultados indicam produtos químicos, em certas quantidades, que podem atrapalhar no desenvolvimento e levar o portador a sérios problemas, tanto machos quanto fêmeas. Isso gera infertilidade, aumenta a mortalidade da prole e disfunções dos órgão vitais (como diminuição na frequência cardíaca e respiratória), sintomas de gripes e resfriados (como vômitos, diarréia e inchamento) e mudanças de hábitos (como depressão, cansaço e confusões).

Imagem meramente ilustrativa.

Com as teorias existentes seria possível a evolução e mutação de uma espécie nessa área de aterro sanitário. Porém, teríamos que aprofundar os estudos e fazer trabalhos de pesquisas para termos resultados concretos sobre os aspectos de evolução/mutação das espécies em uma área de aterro sanitário.

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